“O termo atenção plena (mindfulness, em inglês) designa um estado mental que se caracteriza pela autorregulação da nossa atenção para o momento presente.”

Ter uma atitude consciente no momento presente não é fácil, pelo menos para mim. Requer um esforço consciente, persistência e é um trabalho difícil! Quando a nossa mente começa a divagar, leva-nos inevitavelmente ao passado, ao remorso sobre coisas que fizemos ou deixámos de fazer, ou ao futuro, a projecção do desconhecido e daquilo que não podemos prever.

O que é a Atenção Plena

Existem muitas definições de “mindfulness” – atenção plena, presença consciente, e sobre o que é ter uma atitude coerente com essa definição. Para mim, é uma capacidade inata, que existe dentro de todos nós, à espera de ser descoberta ou despertada, quando sentirmos que é necessário, ou que estamos preparados para isso.

É sobre estarmos completamente presentes, conscientes do momento, dos nossos sentimentos, emoções e pensamentos. É também sobre ser capaz de reagir ou deixar que esses pensamentos, emoções e sentimentos nos controlem e prevaleçam. É sobre a não violência (Ahimsa) dirigida a nós próprios, aos outros, e a todas os seres vivos. É sobre a nossa capacidade de nos colocar no papel de observador.

O “Mindfulness” aparece frequentemente ligado à prática de meditação, e embora andem de mão dada, porque a meditação desenvolve a nossa capacidade de atenção e consciência plena, não é necessário que façamos tudo de uma vez. O “mindfulness” está também muito ligado ao Yoga como filosofia de vida, aliás eu diria até que é fortemente baseada nos mesmos princípios.

Benefícios de uma atitude ‘Mindful’

Ao progredirmos na introdução de um estilo de vida mais consciente, vemos de imediato os benefícios que tal prática nos traz: reduzimos o nível de stress e ansiedade, desenvolvemos a nossa capacidade de estar mais presentes e conscientes através da observação – aprendemos a ganhar consciência dos nossos pensamentos, sentimentos e emoções, sem deixar que estes nos controlem. Passamos a ter consicência deles no papel de observador, sem julgamentos nem considerações. Aprendemos também a estar mais atentos àqueles que nos rodeiam.

Ao estarmos mais presentes, aqui e agora, tornamo-nos mais conscientes do que se passa dentro de nós, e fora de nós. Aprendemos a não fazer julgamentos e a ser mais gratos pelo que de bom há na nossa vida.

Por onde começar

O meu conselho é: não forçar e dar tempo ao tempo. Começar por introduzir pequenas mudanças durante um curto período de tempo (idealmente 21 dias), e dar atenção às diferenças, estando muito atento ao seguinte – é este o momento certo para ti? Somos todos diferentes, e precisamos de ter consciência da nossa bio-individualidade e, sobretudo, das nossas circunstâncias presentes. Pode não ser o momento, e está tudo bem!

Se sentires que é o momento certo, aqui ficam algumas das atitudes que podes começar a introduzir na tua vida:

  1. Não-julgamento
  2. Paciência
  3. Confiança
  4. Aceitação – estar em paz com o que é (Namaha)
  5. Deixar ir o passado e as projecções futuras, simplesmente estar no momento, aqui e agora.

Conta-me, praticas a atenção plena? Que benefícios sentes?

Até já!

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